Sobre

Sou a Sílvia Romão

Sou viajante, recoletora e contadora de histórias que se apaixona pela essência de pessoas e lugares. Escrevo não apenas sobre destinos, mas sobre as experiências que esculpem a nossa existência.

A minha vida é nómada. Casa é um sentimento que carrego comigo, desafiando-me a encontrar lar em cada lugar onde vou. Mas nem sempre foi assim…

Jornada de Transformação

Iniciei a vida adulta na busca ansiosa por um lugar “no sistema” para acalmar o inconformismo que crescia em mim. A trajetória padrão seguiu o caminho expectável – curso superior, emprego, carreira, casamento – até que, aos 28 anos fiquei viúva, o que virou meu mundo arrumadinho de pernas para o ar.

A perda inesperada tornou-se o catalisador para uma transformação radical. Da necessidade de resgatar a minha autenticidade, abandonei os planos de uma vida convencional. Propus-me a, durante um ano, viajar pelo mundo e fazer trabalho de voluntariado. Despedi-me de uma carreira em ascensão no audiovisual e fui. Vivi num mosteiro budista, explorei aldeias remotas, escalei montanhas, desci rios e perdi-me em florestas. Quando chegou o momento de regressar à vida convencional, não consegui fazê-lo. Optei por, paralelamente à atividade de jornalista de viagens freelancer, estudar meditação, movida por uma necessidade vital de encontrar a minha autenticidade e o meu propósito, sem certezas a que destino estas escolhas me levariam.

Reconstrução e Empreendedorismo

Esta paixão pelas viagens levou-me também a uma pós-graduação em turismo e a aceitar o desafio de criar um negócio na área do turismo de aventura. Viajei acompanhada pelo prazer de partilhar a alegria de explorar o mundo. Foi uma das fases mais plenas da minha vida, em aprendizagem, desenvolvimento pessoal e conexão com os outros e o mundo à minha volta.

Num momento de fragilidade, voltei a acreditar na voz implacavelmente crítica que habita dentro de mim. A sensação de pressão social para assentar voltou a dominar-me. Casei de novo, construí novo projeto profissional e perdi-me em crenças internas, levando-me novamente a uma situação desafiante.

A necessidade e o destino levaram-me para Londres, onde encontrei novo propósito e uma oportunidade de voltar a conectar-me comigo mesma. Documentei histórias de vida de doentes com Alzheimer, registando as suas memórias antes que se desvanecessem. Encontrei de novo o caminho da harmonia interna até ser interrompido pela pandemia, que me trouxe de volta a Portugal.

Reencontro com a Verdade Interior

Comprei uma casa, instalei-me no Alentejo e procurei normalidade através de um emprego mecânico de tradução simultânea com horários rígidos, compromentendo a minha criatividade. Mas as células do meu ser começaram a gritar demasiado alto. Exigiam-me movimento e aventura. Era altura de dizer ‘basta!’. Já não era possível continuar a viver uma vida que não era minha só para tentar caber num formato social que, mesmo servindo aparentemente a maioria, não me serve a mim.

Hoje sei que os meus períodos mais desafiantes foram essenciais para eu perceber a importância de viver em autenticidade. Ensinaram-me que não há mal nenhum em ser diferente e a aceitar-me nesta minha forma de estar pouco convencional. Sou aventureira, irrequieta, curiosa, observadora, criativa e intensa. A certeza dos dias iguais não é onde encontro conforto, o meu estilo de vida tem de ser uma expressão de quem sou, das experiências que vivi até aqui e já chega de pedir desculpa por isso.

Silvia Out There

Assim nasceu a “Out There” – uma materialização da minha irreverência. Do ímpeto de explorar, de experimentar o mundo, de partilhar histórias e experiências e de empoderar através das competências adquiridas através da minha experiência no jornalismo, com o storytelling, com o Mindfulness. De juntar todas as minhas valências e paixões e com elas gerar um impacto positivo por onde passo, em quem me acompanha e nos parceiros que trabalham comigo. No trabalho, nas minhas relações e nas minhas aventuras, a inspiração parte sempre de uma frase que repito para mim mesma com frequência:

Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.

Madre Teresa de Calcutá